03 novembro 2006

Explode coração

Tomei um suco de pólvora seca, gelado de dar dor nas orelhas, ainda assim não resolvi o opositor direito que ocupa células aglutinadas um formato curvilíneo como bumbum de neném em cima e pontiagudo feito rabinho de arraia mais abaixo.
Ganharei um cachimbo, embora tenham, todos convidados, exigido que eu mantivesse o controle resguardado linearmente em sigilo para recuperar-me dos malefícios do vício que esquenta gargantas e derruba árvores. Prontidão aguardando profissão, nada macula o volupioso véu vedado, nem a chuva que mistura na água - já diziam Todas As Mentiras. Especular foi tornado hábito e posso lembrar como alguns exemplares diários gastavam milhas e milhares, sem evolução ou mutação, apenas câncer e flanela flagelante. Ancorei meu fôlego entre rochas defensoras da praia, o sapato escorregou por dedos, engolido por fendas. Nele (sapato) guardara um prego, obtuso e matuto, em que depositara minha confiança pela abdicação e sonolência de sentenças.
Desgastada estava, a pezar por catástrofes atmosféricas, então fui surrupiada de corpo inteiro nas ondas retumbantes do eco total e vívido dos amantes. Resisti com concentração respiratória, com bóia de pernas e braços, com coleira canina a sacudir antebraços e músculos peitorais. Sofria e resmungava pela disparidade de minha miudez e fraternidade, em frente estando a enfrentar a fronte de frondoso fruto das colisões meteorosas em gases e emulsões, milenar produção de contatos e atritos.
Volto para cama, adoeço e colo bilhetes pela parede. Esquivo as tropas aliadas em direção defensiva, enquanto rumam os tonéis de velas acesas a cintilar o inquieto borbulhar na zona latejante dos lânguidos eruditos combatentes inversos. Afundar!!

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