14 junho 2006

Explicações sinceras e suscintas

Quando resolvi participar da 1a oficina de zines, nem sabia o quanto era esperado por mim aquele delírio de paixão. Depois de dois anos treinando minhas técnicas, resolvi propagar a aula que tinha recebido, como resposta primordial ao desejo que haiva me acometido.
Numa oportuna divulgação do II Encontro de Academicos/Estudantes de Pedagogia UDESC-UFSC, em 2005 (lembram da proposta neste mesmo e-zine), convidei uma dupla fera no assunto, experientes em criar, descobrir, divulgar, criticar, ponderar e distribuir essa concepção de vida e estilo de escrita/leitura.
Anexo, hoje, o texto elaborado para enviar a proposta da oficina no citado evento, contendo umas 250 palavras se não me engano... Até mais, bom estudo sobre FANZINES!
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Linguagens e Criação de Zines

OBJETIVOS DA OFICINA

Compreender a multiplicidade de linguagens, encontrada no ambiente escolar, como fonte para a produção textual de Zines;
Identificar usos de linguagem visual e textual na confecção de Zines;
Conhecer a história e o processo de criação de Zines.
INTRODUTÓRIO
Sabendo o quão intenso é o processo de aquisição da linguagem textual, no período de escolarização, pretendemos discutir a cumplicidade que pode surgir entre as linguagens utilizadas cotidianamente: nos grupos que participam docentes, discentes e funcionári@s, trazidas para o ambiente escolar; nas produções textuais, oficiais da língua, estimuladas e controladas por um currículo; e, a produção de textos para o formato de Zine.
Sendo os Zines criados para fortalecer, clandestinamente, os contatos entre grupos e militantes punks, e, atualmente, como meio de comunicação utilizado de maneira ampla para divulgar poesias, noticias e fatos sociais, músicas, ideologias, relatos pessoais, contos e textos diversos; pensamos sua estrutura livre como alternativa válida para iniciar crianças e adultos na transição entre os universos da palavra escrita e da palavra falada.
A utilização de imagens também foi sendo incorporada, o que encanta ainda mais @s criador@s e leitor@s de Zines, e facilita a disposição e o entendimento entre as intenções do objetivo e do subliminar, dentro da linguagem textual.
A distribuição controlada - inicialmente restrita à grupos e pessoas com semelhante visão de mundo - fascina o público, incentivando a criação de outros materiais, principalmente por adeptos ao raciocínio Anarquista.
Esta proliferação facilita a chegada deste modelo de texto às redes de comunicação digital, onde encontramos versões on-line para zines antigos e novos, diários pessoais, publicações políticas - de manifestação e resistência - e fóruns de discussões sobre esta linguagem social, fazendo com que novos leitores e escritos possam ter contato com mais uma alternativa de invenção literária e intelectual pela linguagem.

Um comentário:

joanafpires disse...

oi Julia, vi os seus comentários no meu blog. A imagem, na verdade, é um trecho de "Alice no país do espelho" - a continuação de "Alice no país das maravilhas". Me apixonei pelo livro. Vou tentar republicar a imagem pra que você possa ler =) certo? e essa história de fanzine é muito bacana, estão realizando umas oficinas na minha faculdade também. vou dar uma checada nelas, depois te conto alguma coisa.
=*