04 dezembro 2006


Um pomar de gotas límpidas e frágeis. Uma armação de concreto espichada e robusta. Um belo conduzir na simetria das vulcanizadas transferências de atrito. Leis que promovem a imensidão de afetos, outrém que desvencilha um próspero percurso de legibilidade. Basta chegares, estou vencida em qualquer fresta, ativando percevejos e persianas, hoje instalo um determinado pêndulo no temporal de seguranças. Largo suas dedicatórias anárquicas, pousadas em fósseis andantes, aberta serei ao teu capricho, meu corrosivo sistema giratório dos globos e das vendas. Permita, permaneça; palavras portadoras puramente portanto portas pediculosas pandemônicas. Energia, embriaguez; evocações evoluídas enquanto enterram entidades esquecidas. Ele, eu, Eva, eco, erva, essa, Ela, elo, ela, Eros, eno, ema. Abrasivo, meu corpo pretensioso de explosão, transborda licores aleatórios de sabor, predestinados a destinar os desatinos de válvulas voláteis e rigorosas. Minha espera consistente era por um ninho, agora o tenho, e posso entender cada vez mais os indiscriminados fazeres desde ano um depois de Silva. Hum mil, zero aberto. Você capaz, rapagão envenenado, deixou-me a beira da morte, agora a coma. Ou meu coma será findado para finalizarem as despesas com vela, encarregados podarão flores em meu jardim e tantos pretos vestirão que o céu poderá sumir, naquela altura, por mm. Canso de deitar, não páro a limpeza do estragado condutor. Acendo plenamente meus botões, sou fera, fogo, faísca, e fagulha de agulha. Aterriso, corro em tua direção. Cheguei.

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